Ilustração: Davide Bonazzi
Não só pelo fato de aprender diferentes processos e incorpora-los ao meu próprio, mas por saber que existem tantos caminhos para a criatividade que seria impossível listar.
Um hobby que eu tenho é conhecer processos criativos de diferentes pessoas que escrevem, desenham e etc. Como por exemplo a Virginia Moll que é uma redatora criativa de Palma, na Espanha: o Instagram dela é riquíssimo, lá ela publica seus textos, a realidade sobre ser mãe de 3 crianças e trabalhos legais da Agência Indiscreta que é a agência de comunicação que ela fundou com duas amigas. As vezes você encontra pequenos tesouros nos stories, que são fragmentos do processo criativo dela e que basicamente consiste em acordar cedo, passar um café, colocar uma boa música no headphone e escrever por alguns minutos antes que as crianças acordem. Aparentemente não tem nada demais, mas é exatamente isso que me encanta nos processos, a simplicidade e a maneira que eles podem permear a nossa vida.
Nem todo mundo vai ter uma casa de frente pro lago com belíssimas janelas que permitem uma vista incrível da natureza, enquanto escreve por longas horas sem interrupções, né?
Cada processo tem o seu jeito, mas até agora a busca por referências é algo que se repete em todos.
O meu processo não é linear, mas tem manias, não é simples de explicar, mas tem algo de que até o momento eu não penso em abrir mão que é criar primeiro e depois buscar referências. Publicitários que me leem agora, sorry!
A gente vai aprendendo por aí que antes de começar um job precisamos buscar referências "veja as campanhas que levaram Cannes, eles dizem” - e de forma alguma dispenso essa etapa, só que ela não é a primeira, nem no trabalho, nem em projetos pessoais.
O que eu costumo fazer é esgotar as minhas possibilidades criativas, na criação de um conceito/slogan por exemplo, eu vou construindo várias frases, combinando palavras e trocando de lugar e quando percebo que já não sai mais nada, eu dou um descanso pro meu cérebro olhando o que já foi feito, ou o que pode me inspirar naquela entrega.
E não, eu não sou a santa da mente imaculada que não se deixa influenciar, muito pelo contrário, tudo que vivo me influencia na hora de criar. É assim com todo mundo. E um dos segredos pra acessar esse "arquivo mental” de forma rápida, é ter escrito a mão, mesmo que seja uma palavra sobre aquela referência. É impressionante como escrever a mão ajuda muito na memorização, e é cientificamente comprovado . Queria que fosse assim quando tiro meus óculos e não lembro onde coloquei.
Tem vezes que a gente passa horas rolando feed e recebendo tudo de forma passiva e ok todo mundo merece o ócio, mas boa parte do que consumimos pode ajudar em algum momento a destravar as ideias e podemos aproveitar o recursos que temos à nosso favor, como a opção "Salvar” que você encontra em todas as redes sociais. Quer dar uma espiada nas minhas pastas do Instagram?
Essas são só algumas delas, viu?
De qualquer forma escrever a mão, salvar as referências de maneira organizada e fácil de acessar ajuda bastante pra pelo menos encararmos com coragem a folha em branco.
Tirinha da Semana
*escrita com letra de ódio.
Links Híbridos
Nasa compartilha som de buraco negro. #medo;
"Termos ambíguos do debate político atual: pequeno dicionário que você não sabia que existia" - tirinhas da Carol Ito em parceria com @sxpolitics num e-book gratuito;
Dia 25 de agosto (mais conhecido como, amanhã) estreia o filme "Nope” dirigido por Jordan Peele, e aqui temos bons motivos pra você assistir essa obra!
Assisti, ouvi, li e amei!
Reformas Inacreditáveis na Netflix;
Playlist Cafezinho no Spotify;
Vou te falar #59 - por Sarah Germano;
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